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Câncer de ovário é o tumor feminino mais difícil de ser diagnosticado

11/05/2017

A doença atingiu mais de seis mil mulheres brasileiras em 2016, segundo o Inca. Médico oncologista do Hospital Santa Lúcia explica as causas e tratamentos.

O câncer de ovário é considerado o mais perigoso entre todos os tumores ginecológicos. Ao contrário dos casos de colo de útero e mama, não há um exame preventivo que possa indicar os primeiros sinais da doença. Por esta razão, na maioria das vezes, ele é descoberto em estágios avançados. “Nem o ultrassom ou outros exames de imagem, nem exames de sangue são eficazes para diagnosticar a doença numa fase ainda precoce”, destaca o médico oncologista e coordenador do Centro de Oncologia do Hospital Santa Lúcia, Fernando Cotait Maluf.

O Instituto Nacional de Câncer registrou mais de seis mil casos da doença em 2016. Algumas síndromes genéticas, história familiar, obesidade, sedentarismo e reposição hormonal aumentam o risco de desenvolver o câncer de ovário. Por isso, o estilo de vida tem grande impacto na prevenção, com a prática de atividade física regular, dieta com pouca gordura e açúcar, e a ingestão de muitas frutas e vegetais para a manutenção do peso.

Apesar da dificuldade do diagnóstico, a recomendação é que as mulheres consultem anualmente o ginecologista, façam todos os exames de rotina e conversem com o médico sobre riscos e sinais da doença. Alguns sintomas podem indicar que algo está errado. Entre eles estão inchaços, distúrbios urinários, fadiga, dor nas costas, prisão de ventre e alterações no ciclo menstrual e sangramento.

Quando a doença é diagnosticada, a primeira indicação é a cirurgia. “Infelizmente, apenas um quarto das pacientes têm a doença restrita ao ovário. Nas demais, o tumor já invadiu outros órgãos do abdômen e da pelve”, destaca Maluf. Nestes casos, além da cirurgia, a quimioterapia é utilizada no tratamento.

O oncologista afirma que muitos progressos no tratamento foram conquistados nos últimos anos. Os avanços incluem a utilização de vacinas, anticorpos e drogas biológicas, na tentativa de aumentar a taxa de cura, melhorando também o controle da doença e a qualidade de vida dos pacientes.



Original: http://www.brasiliaweb.com.br/integra.asp?id=45632&canal=2&s=96&ss=0