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Constelações – Com Marília Gabriela e Sergio Mastropasqua em Brasília

15/09/2017

A peça conta uma história romântica vivida entre uma física quântica e um apicultor

Com a simpatia, elegância e inteligência de sempre, Maria Gabriela, jornalista, apresentadora, cantora, escritora e atriz, chega a Brasília para uma curta temporada com a peça Constelações, do jovem escritor britânico, Nick Payne, contracenando com o ator, Sergio Mastropasqua e dirigida por Ulysses Cruz.

A peça conta uma história romântica vivida entre uma física quântica e um apicultor, através de uma sequência de 48 cenas curtas, nas quais uma relação vai se construindo. Romance e ciência colidem nessa insólita história de amor, com diálogos que refletem o dinamismo de nossa era digital, sem deixar de lado a riqueza de significados que as palavras encerram, provocando nos espectadores as mais variadas indagações sobre a nossa (ir)relevância no universo.

BW - Como se deu a escolha do texto?

MG – Primeiro porque é um texto inteligente, tem comicidade, diversas emoções e discute possibilidades dentro de uma relação entre um homem e uma mulher. E, essa “discussão” levantada pelo autor, são temas que me são caros e evidentes, como: a vida, a morte, o amor, a paixão, a traição, enfim, é o nosso cotidiano retratado de uma forma sofisticada e esperançosa, por isso achei muito bonito.

BW – Como é a sua personagem, Marianne? E porque ela fala em “livre arbítrio” não ser algo “humano”?

MG – Marianne é uma cientista, uma física quântica que recusa essa teoria dizendo que não há nada que prove, cientificamente, a existência do Livre Arbítrio, e cada variação do texto coloca os personagens em uma trajetória inteiramente nova, uma hora perto e outra longe, como se o livre arbítrio fosse apenas uma invenção humana; ou, de acordo com os princípios da física quântica, como se eles levassem vidas paralelas, mas sem nenhuma consciência desse fenômeno. No entanto, Marianne acaba sucumbindo a tal teoria.

BW- São 48 cenas curtas que constroem toda a peça. Como o público percebe e reage ao desfecho da final da história?

MG – A peça é costurada, associando desde a primeira fala, com frases curtas e bem colocadas, até a cena final. São colocações sutis que moldam a forma de ver e refletir o que está sendo apresentado, sob vários ângulos. E como é um processo muito rápido e público já fica em alerta para captar o que está por vir e poder fazer sua reflexão.

Ao final, o público aplaude porque a história é bonita, divertida, emocionante e etc. E, após eu contar e o que exatamente Nick Payne quis dizer com a história, os aplausos são mais acalorados como se dissesse: Ah, sim, agora ficou mais claro!

Serviço:
Constelações
Dias 16 e 17 de setembro (21h e às 20h)
Teatro UNIP, 913 Sul
 

Fonte: Renata Pantoja

Original: http://www.brasiliaweb.com.br/integra.asp?id=46043&canal=8&s=88&ss=0