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Doença que mata uma pessoa a cada seis segundos ganha alerta para prevenção

30/10/2017

O Acidente Vascular Cerebral tira a vida de 6,5 milhões de pessoas todos os anos, superando, somadas, as mortes por câncer de mama, Aids e dengue. Médicos neurologistas alertam para o tema da Campanha Mundial de Combate ao AVC, que neste ano é sobre a Prevenção

 Dia 29 de outubro foi comemorado o Dia Mundial de Combate ao AVC.  Em todo o globo, cerca de 26 milhões de pessoas tiveram a doença e convivem com alguma incapacidade permanente em consequência das sequelas provocadas por ela. Todos os anos, 17 milhões de pessoas são atingidas pela enfermidade. No Brasil, o Ministério da Saúde estima que são, anualmente, 68 mil mortes são provocadas por AVC.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), uma em cada seis pessoas terá um acidente vascular cerebral em sua vida. Por isso, o foco da campanha de combate à doença, neste ano, será na prevenção de fatores de risco. Este é um modo eficaz de frear um mal que está afetando cada vez mais jovens.

Jovens na mira

A OMS estima que, no mundo, o AVC já é a segunda maior causa de mortes de pessoas acima dos 60 anos. No entanto, o que tem chamado mesmo a atenção dos especialistas é que a doença também tem atingido cada vez mais a população jovem: é a 5ª maior causa de mortes provocadas na faixa dos 15 aos 59 anos. No Brasil, foram 13 mil óbitos de brasileiros entre 15 e 40 anos, nos últimos cinco anos, de acordo com dados do Ministério da Saúde.

O estresse pode ser um dos principais fatores para o aumento da doença entre a população mais jovem. “As comodidades como o uso constante do carro, do controle remoto e o fast food, por exemplo, também favorecem o agravamento dos riscos de AVC”, explica o médico neurologista do Hospital Santa Lúcia, Dr. Cláudio Carneiro.  Além disso, a hipertensão arterial, o colesterol elevado, o tabagismo e a diabetes também são considerados fatores de risco para o surgimento da doença.

Exemplo de superação

Qualquer pessoa está sujeita a sofrer com este mal, que pode acometer quem menos se espera. Este é o caso de Fabiano Meira, 36 anos, atleta de alto desempenho da natação brasileira, ele teve um AVC durante um treinamento. “Eu estava dentro da piscina quando sofri a dor e percebi que parte do meu corpo estava dormente e não conseguia falar. Fui socorrido pelo meu professor que me levou em um primeiro hospital, no qual não consegui ser atendido. Depois desse aborrecimento, fomos para o Santa Lúcia, o atendimento foi muito rápido. Mais tempo e a situação ficaria muito mais grave”, explica o agente federal.

A importância da percepção nos primeiros sinais de um Acidente Vascular Cerebral (AVC) e o rápido atendimento num pronto-socorro, com o devido protocolo para o diagnóstico da doença, são fundamentais para a sobrevivência do paciente. Os sintomas das primeiras 4h30 após o AVC são de fundamental importância. “Tempo é fundamental. Após o acidente, a cada um minuto dois milhões de neurônios morrem”, afirma o neurocirurgião do Hospital Santa Lúcia, Dr. Ivan Coelho Ferreira.

Segundo o especialista, logo após o AVC, os sintomas podem variar, mas a perda de força repentina de um lado do corpo (boca torta, dificuldade para falar e/ou falta de equilíbrio) são alguns dos principais. “Uma dor de cabeça súbita e muito intensa também deve levantar suspeitas de um AVC hemorrágico, que atinge cerca de 10% dos casos”, explica Coelho.

O AVC hemorrágico é causado pelo rompimento do vaso sanguíneo, que provoca o vazamento de sangue no cérebro. Após o problema ser identificado no atendimento de urgência, a equipe médica deve avaliar a necessidade de uma neurocirurgia. Já o AVC isquêmico, que é o mais comum e ocorre em 90% dos casos, é causado pelo entupimento do vaso sanguíneo. Vale lembrar que quem já teve AVC e foi salvo, tem 4 a 6 vezes mais risco de ter outro acidente vascular cerebral.

Hemodinâmica mais segura e moderna

Além da estrutura e do corpo clínico especializado, o centro médico do Hospital Santa Lúcia também trata como prioridade estratégica a segurança do paciente – fundamental para prevenção, controle e mitigação de eventos adversos nos serviços de saúde. Equipamentos de última geração também estão à disposição para um atendimento completo e rápido.

Recentemente, o hospital adquiriu uma moderna máquina hemodinâmica GE Innova Biplane. O equipamento é o único do Brasil instalado em ambiente hospitalar, e que permite a obtenção simultânea de imagens de alta resolução a partir de vários ângulos, fazendo o papel de duas máquinas em uma. A hemodinâmica é a área da ciência que estuda a circulação do sangue no organismo, e os pacientes que são diagnosticados com doenças cardiovasculares e nos vasos cerebrais necessitam de intervenções desta especialidade, como no caso de AVCs (Acidente Vascular Cerebral), por exemplo.

“Para o paciente, as vantagens da nova máquina incluem o uso de menores doses de contraste e radiação; a diminuição do tempo de cirurgia, que implica menor tempo de anestesia; e uma maior precisão no implante de stents, micromolas e marca-passos, com menor risco e maior segurança”, explica o Dr. Cláudio Carneiro.

Identificar para salvar

Veja como reconhecer se alguém está tendo um AVC:

- Abraço: peça para levantar os dois braços. Veja se um lado está fraco;

- Música: peça para cantar ou falar uma frase. Veja se a fala é anormal e se a pessoa entende o que você diz;

- Sorriso: peça para dar um sorriso. Veja se a boca está torta;

- Urgente: se você identificar qualquer um destes sinais, ligue com urgência para o SAMU (192), ou vá imediatamente para um hospital* preparado para atender casos de AVC.


*O maior hospital particular de Brasília, Hospital Santa Lúcia, é certificado pela Organização Nacional de Acreditação (ONA), emitida e reconhecida pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), e possui todos os protocolos para atendimentos de AVC, formada por uma equipe de médicos emergencistas, neurologistas, neurocirurgiões e cardiologistas, e possui toda estrutura adequada pela entidade.

Prevenção

Você sabia que 90% dos casos de AVCs estão ligados a 10 fatores de risco evitáveis?

- Controle a pressão alta

- Faça exercícios físicos moderados 5 vezes na semana

- Tenha uma dieta saudável e balanceada (mais frutas e verduras, menos sódio)

- Reduza seu colesterol

- Mantenha seu peso adequado (evite a obesidade)

- Pare de fumar e evite exposição passiva ao cigarro

- Reduza a ingestão de álcool (homens: 2 doses/dia, mulheres 1 dose/dia)

- Identifique e trate fibrilação atrial (arritmia cardíaca)

- Reduza seu risco de diabetes, converse com seu médico

- Aprenda sobre o AVC



Original: http://www.brasiliaweb.com.br/integra.asp?id=46181&canal=2&s=96&ss=0