De acordo com a segunda edição de uma pesquisa do Instituto de Ciência Tecnologia e Qualidade (ICTQ) sobre o assunto no Brasil, 72% da população toma remédio por conta própria e 40% faz autodiagnóstico usando informações encontradas na internet .

“O difícil acesso a consultas e a falta de profissionais no serviço público fazem com que as pessoas recorram às informações disponibilizadas na internet ou indicação de algum conhecido. Um dos maiores riscos de se automedicar é mascarar alguma doença mais séria, levando até a morte”, alerta Thatiane Caldas, farmacêutica clínica do Hospital Anchieta.

Controle de antimicrobianos

Desde 2010, a venda de antibióticos é feita com a retenção, pela farmácia, de uma via da receita médica. A decisão de controlar as vendas tem o objetivo de tornar mais rigoroso o acesso ao medicamento. O uso irracional desse tipo de medicação tem contribuído para a resistência microbiana. As bactérias apresentam uma enorme capacidade de adaptação ao meio ambiente, tornando-se resistentes a determinado antibiótico de várias formas.

“O uso de antibióticos estava indiscriminado. Ao sinal de qualquer dor de garganta ou sintomas de uma gripe, por exemplo, o paciente já ia à farmácia adquirir uma medicação sem prescrição. Os antibióticos são medicamentos capazes de matar ou inibir o crescimento de bactérias. Eles devem ser usados apenas no tratamento de infecções bacterianas, a sua eficácia está relacionada ao agente causador. Nem todos os antibióticos são adequados para uma mesma infecção”, explica a farmacêutica.

Dia do Farmacêutico

No dia 20 de janeiro comemora-se o Dia do Farmacêutico, profissional da saúde que trabalha para fornecer qualidade de vida a toda população. A data foi criada com o objetivo de valorizar a profissão que a cada ano ganha mais espaço no mercado.