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Exame que pode detectar até câncer de endométrio é essencial para a saúde feminina

13/12/2018

Técnica considerada simples e de recuperação rápida, a histeroscopia ajuda a detectar diversas doenças importantes e que podem causar infertilidade. Especialista explica como é realizado o procedimento

 Ainda pouco conhecida, a histeroscopia é um importante exame que ajuda a diagnosticar doenças do útero que causam sangramento, dor pélvica e infertilidade. Ela é a “peça chave” para detectar a presença de pólipo endometrial, miomas uterinos e câncer de endométrio. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), são esperados mais de seis mil casos de câncer de endométrio até o final de 2018. No Brasil, é considerado o sexto tipo de tumor que mais atinge as mulheres no mundo, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). A doença surge, normalmente, em mulheres acima de 55 anos.

 

“A histeroscopia é recomendada quando há sangramento uterino anormal, dor pélvica, infertilidade e avaliação do dispositivo intrauterino (DIU), tanto para o reposicionamento dentro do útero quanto para a sua retirada, quando os filamentos estão perdidos e não for possível a sua retirada em consultório”, afirma a médica ginecologista e especialista em Reprodução Assistida e de Endoscopia Ginecológica da FertilCare, Dra. Luciana Potiguara.

 

Os miomas uterinos, que também podem ser detectados através da histeroscopia diagnóstica, são tumores não-cancerosos do útero que atingem oito em cada dez brasileiras em idade reprodutiva, segundo estimativa da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo). É a quinta causa mais frequente de internação hospitalar por causas ginecológicas não relacionadas com a gravidez, em mulheres entre 15 e 44 anos. Os miomas também podem provocar a infertilidade entre 5% a 10% dos casos.

 

“A histeroscopia diagnóstica é realizada no consultório de modo simples e sem a necessidade de anestesia, podendo a paciente retornar às suas atividades diárias logo após a realização do exame”, explica Luciana Potiguara. A médica lembra que a paciente deve levar para o profissional médico endoscopista – responsável pelo procedimento – os exames de imagem ginecológicos já realizados, como a ultrassonografia transvaginal, e não deve estar com sangramentos ou infecção no útero no dia do exame.

 

O procedimento é realizado por um equipamento de fino calibre, que é introduzido por dentro do colo do útero. As imagens captadas são ampliadas e transmitidas para um monitor, possibilitando o diagnóstico de lesões no útero. Todo o exame é filmado e fotografado. Quando encontradas quaisquer alterações no local, há a necessidade da realização da histeroscopia cirúrgica para o tratamento completo. “Tanto na histeroscopia diagnóstica quanto na histeroscopia cirúrgica, o diagnóstico e o tratamento são realizados de modo minimamente invasivos e com rápida recuperação após o procedimento. Apenas no caso da histeroscopia cirúrgica, que é realizada sob sedação, há a necessidade de repouso e o afastamento das atividades por alguns dias”, finaliza Luciana Potiguara. 



Original: http://www.brasiliaweb.com.br/integra.asp?id=46531&canal=2&s=96&ss=0