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05/04/2019 O projeto, Entre Cores e Utopias, abre exposição de fotografias que registram grafites feitos pelo DF com fotografias de Juliana Torres e curadoria de Renata Almendra, pesquisadora e idealizadora do projeto que já lançou um livro homônimo. O projeto "Entre Cores e Utopias" abre exposição de fotografias que registram grafites feitos pelo DF com fotografias de Juliana Torres e curadoria de Renata Almendra, pesquisadora e idealizadora do projeto que já lançou um livro homônimo. Agora as imagens ganham espaço no Museu Vivo da Memória Candanga (MVMC) até 25 de maio. A vernissage acontece neste sábado (6 de abril), de 10 às 13 horas, no Museu situado na Entrada do Núcleo Bandeirante, e vai contar com grafites ao vivo executados por artistas selecionados por meio de edital aberto ao público. A parada de ônibus em frente ao MVMC ganha a arte de Carli Ayô e a guarita do espaço recebe o trabalho de Rivas. O público ainda pode participar de uma oficina gratuita com Ju Borgê que rola durante todo o evento. Sobre a exposição: São mais de trinta imagens que traçam um passeio por grafites feitos em Brasília e seus arredores. Um convite para olhar a capital do Brasil e as cidades à sua volta de uma outra forma, em uma rota que percorre espaços urbanos e arquitetônicos sob uma ótica que difere da constante ordem atribuída à cidade tombada como Patrimônio Histórico e Cultural da Humanidade. "Faltando pouco para completar 60 anos de vida, Brasília tem se mostrado cada vez mais diversa, dinâmica e colorida. A cidade cresceu e seus habitantes têm proposto novas formas de apropriação e pertencimento aos seus espaços.", conta a autora do livro Renata Almendra. "Os grafites, assim como outros movimentos urbanos culturais existentes em Brasília, mostram uma cidade que está sendo desmistificada e ocupada de forma livre e criativa por seus moradores.", completa a historiadora, pós-graduada em Artes Visuais, e pesquisadora do tema no Doutorado em História Cultural, em curso na Universidade de Brasília. Renata Almendra se uniu ao olhar de Juliana Torres para apresentar ao público registros raros, dada a efemeridade das obras de arte urbana. "É bem verdade que, a princípio, aceitei o convite da Renata com uma certa inocência, sem saber ao certo onde este projeto poderia me levar. Por um outro lado, senti também que poderia contribuir emprestando o meu olhar, não só de arquiteta e fotógrafa, mas também de cidadã, que tanto utiliza os caminhos dessa cidade. O interessante é que para a minha surpresa, este projeto possibilitou expandir ainda mais a minha visão, no sentido de perceber os diversos diálogos que os grafites realizam com a cidade. Contrastando, por exemplo, sua ousadia colorida com a monotonia modernista do concreto cinza, bem como imprimindo clamores de tempos melhores, com maior igualdade de direitos", revela Juliana Torres, arquiteta, urbanista pela Universidade de Brasília e uma apaixonada por destinos pelo mundo. Juliana já registrou cliques em suas vivências pelo Nepal, Tailândia, Camboja, China, Indonésia, Turquia, Índia e em vários países da América. Juntas, Renata Almendra e Juliana Torres, promovem um diálogo que pretende despertar um olhar crítico e aguçar o senso estético do público para além das galerias de arte e museus. A exposição e o livro que a originou reafirmam a importância da contemplação, do registro e da interpretação desta forma pública de arte tão típica das metrópoles urbanas da contemporaneidade. "É interessante observar como as narrativas visuais e os discursos produzidos pelos grafites nas áreas públicas dessa jovem cidade podem dizer tanto sobre ela, seu imaginário, sua configuração territorial específica e diferente de todas as outras cidades do Brasil. Falam também sobre as formas de convivência, pertencimento, circulação e participação dos cidadãos em seus espaços. Assim, os grafites que colorem a capital acabam por recriar e imprimir significativas doses de interferência humana e artística na arquitetura planejada da cidade e em suas regiões administrativas.", destaca Renata Almendra. "Atualmente, o grafite em Brasília e cidades do entorno apresenta centenas de representantes, coletivos e temas, revelando uma multiplicidade de vozes que evocam poesias, protestos políticos e sociais, ideias e reflexões, desenhos e imagens que dialogam diretamente com a experiência citadina brasiliense. Além disso, as expectativas alcançadas pelos grafites atuam também na ampliação do olhar do cidadão-observador, que pode sair da sua condição de simples transeunte para tornar-se apreciador das cores e formas que a cidade nos apresenta todos os dias em nossos caminhos.", reafirma. A exposição "Entre Cores e Utopias" apresenta um recorte do livro de mesmo nome, lançado em 2017, fruto da parceria de uma historiadora com uma fotógrafa apaixonadas por arte e por Brasília. "Neste diálogo com a História de Brasília, tão presente no Museu Vivo da Memória Candanga, viemos apresentar essas cores, que tingem de novas possibilidades a utopia de uma cidade planejada." Convidam Renata Almendra e Juliana Torres, em uma ode aos grafites que inundam a cidade transpostos em belas fotografias. O livro contempla o trabalho de inúmeros grafiteiros e contou com uma distribuição gratuita de 300 exemplares para escolas públicas do DF, com foco nas regionais de ensino de Ceilândia, Guará, Taguatinga, Samambaia, Paranoá, Sobradinho e Plano Piloto. Cerca de 60 grafiteiros também receberam o livro gratuitamente. O lançamento da publicação, em abril de 2017, contou com a presença de mais de 400 pessoas e até hoje já foram vendidos centenas de exemplares. O projeto é financiado pelo Fundo de Apoio à Cultura (FAC) da Secretaria de Cultura do Distrito Federal (Secult-DF). Exposição "Entre Cores e Utopias" Local: Museu Vivo da Memória Candanga (Setor JKO lote D Núcleo Bandeirante) Foto: Paula Carrubba Original: http://www.brasiliaweb.com.br/integra.asp?id=46597&canal=14&s=84&ss=0 |
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