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02/06/2019 Projeto usa o tema, Fome, como referência e estimula a criação autoral de grupos do DF. A Cia. VíÇeras é uma das companhias que fazem residência artística no Espaço Cultural Renato Russo. Projetos autorais e processos criativos fazem parte da rotina de companhias, grupos e coletivos artísticos de todo o Brasil. Com recursos do Fundo de Apoio à Cultura do Distrito Federal, a Cia. VíÇeras tem desenvolvido pesquisa intensa para a realização de seu novo projeto. A Cia. VíÇeras é um coletivo artístico iniciado em 2010, nascido nas entranhas do Espaço Cultural Renato Russo, e tem como proposta trabalhar diferentes linguagens artísticas, como a dança, o audiovisual, as artes plásticas, o teatro e a performance, sempre em função da produção autoral de acordo com as diferentes formações e linhas de pesquisa de cada integrante. A cia. tem como carro-chefe a investigação e criação teatral autoral e colaborativa, agindo como uma rede de apoio artística, em que os integrantes colaboram para a realização e potencialização dos projetos uns dos outros, constituindo uma identidade caleidoscópica, rica e plural. Agora, em 2019, lança seu mais novo espetáculo: BOCA SECA! Em nove anos de atividade, a Cia. VíÇeras surgiu como um Núcleo de Experimentação Cênica. Aos poucos, o conceito de criação colaborativa passou a fazer parte da filosofia do grupo, que já produziu os espetáculos "Claustro" (2010), "Um ensaio repetitivo e monótono" (2011), "Godô chegô!" (2011/2013), "Frangx Fritx" (2014/2015) e o mais recente "Isto também passará, antes que eu morra" (2018/ 2019). Agora, com o projeto BOCA SECA, a Cia. continuará a provocar, criar levar o teatro e suas multilinguagens adiante, mantendo forte a cena artística brasiliense. Como referência para a criação de partitura coreográfica e conceitual, o grupo faz uso de importantes obras da literatura nacional: A Fome (Rodolfo Teófilo, 1890); Vidas Secas (Graciliano Ramos, 1938), Homens e Caranguejos (Josué Castro, 1967) e A Hora da Estrela (Clarice Lispector, 1977). Esta voz nacional dialogará com o ícone da literatura mundial Franz Kafka, com o conto Um Artista da Fome (1922). O motivo da realização do projeto, além da insatisfação social e política, é a ampliação de pesquisa iniciada em 2017, da qual surgiu uma cena curta de quinze minutos selecionada por curadoria especializada para o Festival 1⁄4 de Cena, com excelente recepção do público, da crítica e dos curadores. Durante a produção da obra, três estudantes de diferentes cursos universitários em artes (artes cênicas, artes visuais e música) passaram a trabalhar como assistentes técnicos da obra. Os estudantes contemplados tornaram-se colaboradores criativos e estão em diálogo com profissionais da área. Dessa forma, o projeto legitima o estímulo de inserção desses estudantes no mercado criativo local. Para o diretor Roberto Dagô, "os projetos desenvolvidos com o Fundo de Apoio à Cultura tem sido elaborados cada vez com maior complexidade e criatividade em Brasília. É impressionante como esse investimento se desdobra em tantos benefícios para a cadeia produtiva e simbólica da cidade". Dagô ainda convida o público a conhecerem melhor a intensa rotina de trabalho e a beleza dos projetos desenvolvidos pelos artistas da cidade. "Assim como o nosso, os projetos estão articulando facetas de formação de plateia, capacitação de profissionais, programas educativos de parceria com instituições de ensino médio e básico, inserção profissional de jovens artistas, pesquisa de linguagem e difusão da arte produzida na cidade pelo país e pelo mundo." Para Dagô, a linguagem cênica produzida na Capital é cada vez mais reconhecida pela sua força vanguardista e sua identidade. "Meu intuito, desde que fundei a víÇeras com meus colegas, é de contribuir e aprofundar esse potencial de linguagem extraordinário das artes vivas do DF." Estas são questões que desafiam os realizadores do espetáculo "Boca Seca" e que reforçam a importância de estimular, manter e fruir o trabalho de coletivos, cias e grupos de pesquisa da área artística. Além da troca de conhecimento e experiência, o projeto ainda gera renda e sustentabilidade, movimentando a cadeia produtiva das artes no DF. BOCA SECA Este projeto conta com recursos do Fundo de Apoio à Cultura do Distrito Federal. FICHA TÉCNICA Realização: Cia VíÇeras Assistentes Técnicos: Coordenação Artística: Déborah Alessandra e Roberto Dagô Confira a agenda de apresentação do espetáculo: Local: Espaço Cultural Renato Russo – Teatro Galpão Local: Teatro SESC Garagem – 913 Sul Local: Teatro SESC Paulo Autran – CNB 12 *Acessibilidade com Audiodescrição Entrada Gratuita Com distribuição de ingressos 1 hora antes, no local. Foto: Thaís Mallon Original: http://www.brasiliaweb.com.br/integra.asp?id=46964&canal=14&s=82&ss=0 |
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