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Rastro – Festival de Cinema Documentário

19/06/2020

De 24 a 28 de junho de 2020 o Rastro – Festival de Cinema Documentário tem primeira edição gratuita com vasta programação.

O Rastro – Festival de Cinema Documentário ganha sua primeira edição de 24 a 28 de junho de 2020. A ideia surgiu do ensejo de criar uma janela anual para apreciação e discussão do documentário em Brasília. O projeto também foca no aprofundamento de questões pertinentes ao fazer documental, ação que desperta crescente interesse de realizadores em todo o mundo e consequentemente prescinde da necessidade de promoção da formação de público, cada vez mais ávido pela vertente documental do Cinema.

O Rastro – Festival de Cinema Documentário foi idealizado pela Três Produz, formada por Bethania Maia, Rafaella Rezende e Renata Schelb. Durante a preparação da primeira edição do festival, uma urgência global se colocou frente aos planos. Em tempos de pandemia do Covid-19, o isolamento social se fez necessário e impediu os encontros em uma sala de cinema e as fundamentais discussões após a sessão. Para manter o espírito de festival, a tríade de produtoras teve o desafio de repensar o formato para manter o compromisso de vir ao mundo do Rastro e se firmar como evento do calendário oficial de Festivais de cinema da cidade.

"Devido aos acontecimentos atuais, entendemos que o rastro tinha que se adaptar. Buscamos alternativas, cogitamos adiar, mas foi unânime a decisão da direção do Festival em seguir com o formato online, para que mantivéssemos nosso plano de acontecer anualmente em Brasília. Com essa nova perspectiva, entendemos que o alcance e a curiosidade do público será muito importante, além de aumentar consideravelmente nosso alcance. Apesar de tristes por não ter esta edição no Cine Brasília, entendemos a necessidade e responsabilidade de continuar a levar filmes para a casa do público e ficamos muito animadas com esse novo formato desafiador". Conta Renata Schelb.

A primeira edição do festival voa pelas asas da internet com sessões competitivas de longas e curtas-metragens, três mostras paralelas, duas oficinas, uma masterclass e conversas, a serem realizadas nas redes sociais do Festival, além das playlists exclusivas que prepararão o clima das sessões.

Como vai funcionar a exibição?

Os filmes estarão disponíveis por 24 horas conforme a programação diária. Sempre de meia-noite a 23:59 de cada dia. Não existe uma hora exata para cada exibição, assim o público pode assistir os filmes na ordem que desejar seguindo a programação. Eles ficam disponíveis somente por 24 horas no site. Basta ver a lista diária e mergulhar no universo dos documentários selecionados pela curadoria.

O primeiro Rastro – Festival de Cinema Documentário também levará parte da programação para as telas de cinema assim que a OMS e o Ministério da Saúde permitirem a reabertura das salas. Serão realizadas sessões em alguns locais do DF, em especial naquelas cidades com instituições de ensino que integram o audiovisual em sua ementa.

"O Rastro tem o desejo de deixar marcas, reverberar, expandir-se através do encontro com cada pessoa que tenha acesso à programação", convida Rafaella Rezende. "Construímos o rastro levando em consideração questões que julgamos serem de extrema relevância no cenário de festivais de cinema, como por exemplo, espaços para jovens curadores e exibição de filmes que possam promover discussões e reflexões políticas. O festival, ainda que em sua primeira edição, já se apresenta como uma janela de exibição capaz de conduzir o público por narrativas urgentes e plurais. Além de ações de capacitação, como as oficinas e os próprios debates que ocorrerão dentro da programação." Completa Rafaella Rezende.

Em sua estreia, o Rastro alcançou ampla visibilidade constatada no número e abrangência global das inscrições. A seleção final, no entanto, demonstra a potência e urgência do cinema nacional contemporâneo.

"A pandemia alterou uma construção que já era experimental. A curadoria foi composta por duas convidadas e dois selecionades a partir de edital que vislumbrou contemplar pessoas em início de carreira nesta área. A apreciação dos mais de oitocentos filmes inscritos foram apenas parte de um processo profundo e coletivo. Tivemos a sorte de contar com mentes grandiosas e corações gigantescos para essa concepção." Diz Bethania Maia.

Homenagem a Dácia Ibiapina:

A primeira edição do Rastro - Festival de Cinema Documentário homenageia a professora Dácia Ibiapina, cineasta piauiense, radicada em Brasília, com uma trajetória incrível que soma de forma considerável para a produção do nosso Cinema nacional.

"[...]Todo ser humano afeta e é afetado por vários coletivos. Uma pessoa é ela, suas crenças, seus medos, sua coragem, seu tempo. Meu cinema é político. Acho um erro fazer cara de paisagem para as questões políticas. A omissão pode parecer confortável, mas pode ser decisiva contra você mesmo. Tome partido, tome tento, tome coragem." Escreveu Dácia Ibiapina. Assim o Rastro propõe afetos, discussões políticas e discussões de nós mesmos, assim como Dácia.

Sobre a Três Produz:

Há quatro anos o encontro das produtoras brasilienses Bethania Maia, Rafaella Rezende e Renata Schelb deu vida à Três Produz, uma empresa dedicada ao audiovisual, em flerte constante com outras áreas da produção.

Bethania Maia produz audiovisual para chacoalhar este mundo e, quem sabe, gerar outro. Pesquisa gênero, raça, caminhos, fragmentos. Escreve para manter-se sã. Encontra-se estudante de Artes Visuais na UnB.

Rafaella Rezende é formada em Artes Visuais (UnB), mestranda em Teoria e História da Arte (EBA – UFBA) e produtora cultural. Em seus trabalhos e pesquisas, flerta com as Artes Visuais e com o Cinema.

Renata Schelb é designer de interiores de formação e produtora cultural por inspiração, transitando entre audiovisual e festas em Brasília. Respira criatividade e anseia pelas novidades em projetos na cidade.

Sedentas por novos desafios, criam e executam projetos autorais ou de parceiros: Surge assim uma produtora autônoma e independente na capital do Brasil, local de efervescência de conteúdo e criatividade latente.

Sobre a Curadoria:

Amaranta César - Amaranta e? professora adjunta de cinema e audiovisual da Universidade Federal do Reco?ncavo da Bahia, onde coordena o grupo de estudos e pra?ticas em documenta?rio. Possui doutorado em Cinema e Audiovisual pela Universidade de Paris III - Sorbonne-Nouvelle e po?s-doutorado na New York University e na Universidade Federal de Pernambuco. Foi curadora e organizadora da mostra 50 anos de Cinema da A?frica Franco?fona. Integra atualmente a diretoria da Sociedade Brasileira de Estudos de Cinema e coordena o grupo de trabalho de estudos de cinema da Latin American Studies Association.

Melina Bomfim - Melina atua como realizadora audiovisual, curadora e produtora de mostras e festivais cinematográficos, Melina é uma das sócias fundadoras da produtora TANTAS. Pós-graduada em Cinema Documentário na escola Observatório del Cine em Buenos Aires, onde trabalhou na multinacional Fox Broadcasting Company como produtora de conteúdos e assistente de direção em programas televisivos para México, Argentina e Brasil.

Como curadora foi responsável por projetos como o Cine Curta Brasil - Mostra Visionária: O Olhar da mulher negra e da segunda e terceira edições da Mostra Competitiva de Cinema Negro Adélia Sampaio.

Bruno Victor - Bruno é graduado em Audiovisual pela Universidade de Brasília, Bruno participou do roteiro, direção e fotografia de diversos curtas-metragens. Co-dirigiu o curta-metragem "Afronte", lançado em 2017. Foi diretor assistente, assistente de direção e pesquisador do longa Afeminadas (lançamento 2020) e co-dirigiu o longa metragem "Rumo" (lançamento 2021). Atua como pesquisador em cinema negro LGBT.

Leticia Bispo - Leticia é mestranda em Comunicação na Universidade Federal de Minas Gerais é formada em Audiovisual pela Universidade de Brasília. Leticia estuda relações entre política e estética no cinema brasileiro. é uma das editoras e fundadoras do Verberenas, site de crítica & diálogos de cinema e audiovisual, feito por mulheres realizadoras.

Atividades Formativas:

Oficinas:

"Pesquisa para Documentário" ministrada por Alice Lanari

O Documentário, antes de tudo, fala de algo que inquieta alguém. Esta inquietação estabelece o início de uma relação entre este alguém e aquilo que ele ou ela querem acompanhar. Para que essa relação se transforme em um Documentário, é preciso que o documentarista se transforme em um "especialista amador"- no melhor sentido da palavra "amador"- no universo que ele ou ela deseja conhecer. E, para isto, a pesquisa é a ferramenta-base para a definição do recorte do Documentário, o que fundamenta sua estrutura narrativa.

A oficina "Pesquisa para Documentário" abordará o trabalho de pesquisa para filmes e séries documentais, com ênfase nas ferramentas que permitirão que o participante estruture o mapa de pesquisa específico para cada projeto, em um percurso que atravessa a pesquisa de mesa, a construção do campo e a busca de personagens.

"Retratos documentais" ministrada por Luiz Carlos Oliveira Jr.

Um dos veios mais ricos do Cinema Documentário reside em sua vertente retratística. Em linhas gerais, um Documentário de retrato é uma obra audiovisual que busca – por estratégias que podem variar bastante de um caso a outro – aproximar-se de um sujeito, apreendê-lo em sua moldura existencial. A forma de abordagem pode ser a entrevista, a montagem de arquivos, o estudo observacional etc.

A proposta do curso é traçar um panorama histórico das relações entre o Cinema documental e a arte do Retrato e, posteriormente, definir as principais vertentes estéticas e os principais modelos de representação de alteridade que perpassam o gênero, sempre efetuando análises detidas de filmes cruciais que se encaixam em nosso recorte.

Não perca a chance de desenvolver seu projeto na oficina de "Pesquisa para documentário" com Alice Lanari e aprofundar sua relação com o gênero em "Retratos Documentais" com Luiz Carlos de Oliveira Jr. de 24 a 26 de junho. As vagas são gratuitas e limitadas. As inscrições podem ser feitas via www.festivalrastro.com/inscricoes Os selecionadxs receberão mensagem com o link para participar das oficinas por e-mail.

O Rastro - Festival de Cinema Documentário tem o apoio do Fundo de Apoio à Cultura (FAC-DF) da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do DF.

Sinopses:

Mostra competitiva – Curtas:

Arco do tempo
Brasil, 18', 2019, documentário


Direção: Juan Rodrigues

Sinopse: Corpos negros atravessando o tempo.


Cinema contemporâneo
Brasil, 2019, 5', documentário


Direção: Felipe André Silva

Sinopse: Eu era bem novo quando fui estuprado pela primeira vez. pensava em contar essa história um dia, a história dessa foto. faltava coragem. se o filme pudesse falar por mim eu conseguiria.


Ethereality
Ruanda/Suíça, 2019, 14'38", documentário

Direção: Kantarama Gahigiri

Sinopse: Encalhado no espaço por trinta anos. Como é a sensação de finalmente voltar para casa? Uma reflexão sobre a migração e o sensação de pertencimento.


Filhas de lavadeiras
Brasil, 2019, 22'05", documentário

Direção: Edileuza Penha de Souza

Sinopse: O documentário: "Filhas de Lavadeira" apresenta histórias de Mulheres Negras que graças ao trabalho árduo de suas mães puderam ir para escola e refazer os caminhos trilhados pelas suas antecessoras. Suas memórias, alegrias e tristezas, dores e poesias se fazem presente como possibilidades de um novo destino. Transformando o duro trabalho das lavadeiras em um espetáculo de vida e plenitude.


Floating the River of Time
Cuba, 2019, 13'25", documentário, retrato, esportes, religião

Direção: Amir Aether Valen

Sinopse: Esse filme é uma observação meditativa da poesia presente no mundo de Pedrito, um ancião das montanhas e relíquia de um tempo que já não existe, enquanto ele chega a um acordo com sua mortalidade física e conhece sua imortalidade espiritual.


A Morte Branca do Feiticeiro Negro
Brasil, 2020, 10'20'', Documentário Experimental

Direção: Rodrigo Ribeiro

Sinopse: Através de um ensaio poético visual, uma reflexão sobre silenciamento e invisibilização do povo preto em diáspora, numa jornada íntima e sensorial.


Quem Matou Chiquito Chaves?
Brasil, 2019, 15', documentário

Direção: Giovanna Giovanini, Rodrigo Boecker

Sinopse: Chiquito Chaves, 71 anos, é um fotógrafo brasileiro ainda na ativa. Através de suas lentes, viajamos por 40 anos de história do jornalismo impresso brasileiro, uma mídia ameaçada por todos os lados, principalmente pela revolução digital, as 'fake news' e pelo descrédito atribuído a ela por líderes mundiais que veem jornalistas como 'inimigos do povo'.


Tudo que é Apertado Rasga
Brasil, 2019, 27'19", documentário

Direção: Fabio Rodrigues Filho

Sinopse: Na tentativa de forjar uma ferramenta capaz de operar o corte por justiça, este filme retoma e intervém em imagens de arquivo, reestudando parte da cinematografia nacional à luz da presença e agência do ator e da atriz negra.


Mostra Competitiva – Longas:


Mães do Derick
Brasil, 2020, 77', Documentário

Direção: Dê Kelm

Sinopse: Thammy é mãe de Derick. Bruna, Chiva e Ana também. Ao som da trilha sonora do grupo Taiobas o documentário acompanha essa família que constrói com as próprias mãos seu lugar no mundo.


No rastro das cargueiras
Brasil, 2020, 71', documentário

Direção: Carol Matias

Sinopse: Bibi atravessa a cidade equilibrando pilhas de metal e plástico em cima da sua cargueira. Essas bicicletas de carga adaptadas por ele e outros catadores cearenses revertem o "lixo rico" de Brasília em oportunidade de reciclagem popular, autônoma e limpa, tentando abrir caminho para uma vida melhor na capital brasileira. "No Rastro das Cargueiras" apresenta as técnicas, as paisagens e as histórias de um grupo de catadores-ciclistas no contrafluxo do consumo urbano e em luta pelo direito à cidade.


No gold for Kalsaka
Burquina Faso/, 2019, 80', documentário

Direção: Michel K. Zongo

Sinopse: Desde o início dos tempos, o povo de Kalsaka, uma pequena vila em Burquina Faso, viveu com o ouro fornecido pela mina local. Tudo isso terminou com a chegada de uma empresa multinacional de mineração, que desapropriou proprietários de terras locais e explorou os recursos naturais, deixando a população local sem nada. No Gold for Kalsaka acompanha Jean-Baptiste em uma comunidade que está tentando sobreviver e reivindicar sua dignidade enquanto luta contra as injustiças.


Virou Brasil
Brasil, 2019, 92', Documentário

Direção: Pakea, Hajkaramykya, Arakurania, Petua, Arawtyta'ia, Sabiá e Paranya


Sinopse: Entre a vida na mata e as histórias antigas de seus avós, passando pela experiência do contato com a sociedade não-indígena, vivida por seus pais, uma nova geração de jovens Awá-Guajá nos conduz - com suas câmeras de vídeo - pelos caminhos que levaram sua terra a "virar Brasil". Hoje, em meio ao assédio dos karaí no entorno e a proximidade com a ferrovia da Vale - que leva obras, projetos e funcionários para dentro da aldeia - estão os desafios para manter a terra e as tradições, enquanto também assimilam-se os novos costumes.

Mostra de longas brasileiros Recanto do Cinema


Diários de classe
Brasil, 2017, 76', documentário

Direção: Maria Carolina e Igor Souza

Sinopse: Diários de Classe acompanha o cotidiano de três mulheres – uma jovem trans, uma mãe encarcerada e uma empregada doméstica –, estudantes de centros de alfabetização para adultos em Salvador. Embora trilhem caminhos distintos, suas trajetórias coincidem nos preconceitos e injustiças sofridos cotidianamente. O documentário em estilo direto aposta no recorte espacial da sala de aula a fim de se aprofundar no dia a dia dessas personagens, revelando suas tentativas diárias de contornar o apagamento sistemático de suas existências.


Escape
Brasil/Espanha, 2018, 53', documentário

Direção: Vinicius Sassine, Mariana Paschoal, Julien Mérienne, Maria Chatzi

Sinopse: Lludy perdeu o apartamento onde vivia em Barcelona e agora depende de um depósito para guardar sua infinidade de coisas. Em meio a uma busca constante por objetos, ela revisita sua vida, suas mudanças, sua condição de imigrante, sua solidão.


O estopim
Brasil, 2014, 84', documentário

Direção: Rodrigo Mac Niven

Sinopse: O filme desvenda o caso emblemático do assassinato de Amarildo de Souza, torturado e morto por policiais militares dentro da UPP da Rocinha em julho de 2013, através da história de Carlos Barbosa, o Duda, morador da favela que enfrenta a polícia e denuncia as atrocidades que vinham sendo feitas na comunidade. O Estopim levanta a discussão sobre a militarização do projeto de governo e denuncia o que acontece na rotina das comunidades cariocas desde a implantação das UPPs.


Vaga carne
Brasil, 2019, 45', drama

Direção: Grace Passô, Ricardo Alves Junior

Sinopse: Uma estranha voz toma posse do corpo de uma mulher. Juntos, a voz e o corpo procuram por pertencimento e por uma identidade própria enquanto questionam seus papéis dentro da sociedade. O filme é uma transcriação do espetáculo teatral da atriz e dramaturga Grace Passô.

Mostra Paralela Havana

Birth Wars
México, 2019, 73', documentário

Direção: Janet Jarman

Sinopse: Contada através de histórias pessoais nas trincheiras do setor de saúde, Birth Wars registra uma luta de poder entre médicos e parteiras no México sobre qual visão sobre parto deve predominar. O filme traça uma jornada entre dois mundos divididos por preconceito e antagonismo e explora como construir pontes entre estes mundos poderia salvar vidas.

 

El Guardián de La Memoria
México, 2019, 93', documentário

Direção: Marcela Arteaga

Sinopse: Carlos Spector, advogado de migração no Texas, luta pela obtenção de asilo político para mexicanos que fogem da violência advinda da guerra ao narcotráfico. Sobrecarregado pelo número de requerentes, horrorizado pelas histórias de famílias inteiras assassinadas e/ou sequestradas, sentiu a obrigação de agir e provar que esse conflito é uma ferramenta usada pelo governo mexicano. Através das histórias das personagens, se coloca em pauta o crime autorizado pelo Estado.


Lemebel
Chile/Colômbia, 2019, 96', documentário

Direção: Joanna Reposi Garibaldi


Sinopse: Escritor, artista visual, e pioneiro do movimento queer na América Latina, Pedro Lemebel chacoalhou a sociedade conservadora chilena durante a ditadura de Pinochet nos anos oitenta. Corpo, sangue e fogo foram protagonistas no trabalho que tentou perpetuar nos últimos oito anos de sua vida, em um filme que nunca pôde ver finalizado. Em uma jornada íntima e política por suas performances arriscadas, lidando com homossexualidade e direitos humanos, o filme retrata o ápice de um desejo de imortalidade.


Una Corriente Salvaje
México, 2018, 72', documentário

Direção: Nuria Ibañez

Sinopse: Chilo e Omar parecem ser os únicos dois homens sobre a terra. Vivem em uma praia deserta e todos os dias praticam sua rotina de pesca para sobreviver. Sua amizade, permeada de sensualidade, lembra uma relação de casal, na qual os limites do que é feminino e masculino se confundem.

Mostra Paralela Homenagem Dácia Ibiapina:


O pagode de amarante
Brasil, 1984, 14', documentário

Direção: Dácia Ibiapina

Sinopse: Filme realizado em Super-8 em 1984. As filmagens ocorreram em um bairro da cidade de Amarante (PI), situado no alto de um morro, na residência do senhor João Bitu, com participações de "Raimunda Pau Pombo", "Nazaré Cambão", Ely Sibita, "Tio Zuza", "Joaquinzinho", "Chica do Boné", entre outros pagodeiros. Na abertura do filme, sobre imagens do bairro, se ouve serviço de alto-falante com a voz de "Chico Dedinho" convidando o povo de Amarante para comparecer à casa de João Bitu, onde haverá o pagode. Ganhador do Troféu Cidade de São Luís na VII Jornada de Cinema Super-8 do Maranhão.


Entorno da beleza
Brasil, 2012, 71', documentário

Direção: Dácia Ibiapina

Sinopse: Temporada de concursos de miss em Brasília e cidades ao seu redor no ano de 2010. Contradições afloram em ensaios, passarelas e bastidores. Filmado em Brasília e também nas cidades Recanto das Emas, Sobradinho II, Itapuã e Cidade Estrutural, o documentário revela o universo dos concursos de miss.


Ressurgentes: um filme de ação direta
Brasil, 2014, 74', documentário

Direção: Dácia Ibiapina

Sinopse: "Ressurgentes" tangencia o pensamento político, a visão de mundo, bem como as ações diretas; de um grupo de militantes de movimentos autônomos do Distrito Federal do Brasil no período de 2005 -2013. Inova no uso dos arquivos efêmeros do nosso tempo (primeiras décadas dos anos 2000). As gravações da equipe se misturam com trechos de vídeos e filmes feitos pelos personagens nos últimos 10 anos. Essas imagens trazem o espectador para dentro das manifestações.

Palestina do Norte, o Araguaia passa por aqui
Brasil, 1998, 13', documentário

Direção: Dácia Ibiapina

Sinopse: Um encontro com as memórias da Guerrilha do Araguaia (1972-1974) por meio de relatos de mulheres ribeirinhas, quebradeiras de coco, da cidade de Palestina do Pará. Elas nos informam sobre a região do Araguaia, bem como sobre seu cotidiano durante a Guerrilha do Araguaia. Elas dizem: Aqui houve uma guerra".

 

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Serviço

Rastro – Festival de Cinema Documentário
Data: De 24 a 28 de junho de 2020

Os filmes estarão disponíveis no site por 24 horas conforme a programação diária. Sempre de meia-noite a 23:59 de cada dia.

Site: www.festivalrastro.com
Instagram: @festivalrastro
Facebook: https://www.facebook.com/festivalrastro/

Fonte: Renato Acha - Acha Brasília

Original: http://www.brasiliaweb.com.br/integra.asp?id=47668&canal=2&s=14&ss=0