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21/03/2021 Resultado é 42,6% inferior aos R$11,133 bilhões registrados em 2019. A Eletrobras divulgou na noite de ontem (19) balanço financeiro que aponta para um lucro de R$6,387 bilhões em 2020, ano marcado pelo início da pandemia de covid-19. O resultado é 42,6% inferior aos R$11,133 bilhões registrados em 2019. O relatório, porém, observa que o lucro líquido de 2019 foi composto por R$ 3,285 bilhões referente a operações que foram descontinuadas, sobretudo a partir da privatização das subsidiárias distribuidoras de energia elétrica Amazonas Energia e Ceal. O balanço traz os resultados financeiros do quarto trimestre de 2020, o que consolida os números finais referentes ao ano passado. Entre outubro e novembro, o lucro líquido foi de R$1,269 bilhão. Trata-se de uma queda de 44,1% na comparação com o mesmo período de 2019. É o primeiro relatório divulgado após Wilson Ferreira Júnior renunciar ao cargo de presidente da estatal. Ele apresentou o pedido de demissão no fim de janeiro alegando motivos pessoais e deixou suas funções na última terça-feira (16). Ainda não foi definido o substituto e, por enquanto, a presidência está sendo exercida de forma interina pela diretora financeira e de relações com investidores, Elvira Cavalcanti Presta. O relatório também registra o valor de R$ 14 bilhões de Ebitda, que é o lucro operacional excluindo-se os juros, impostos, depreciação e amortização. A estatal avalia que o desempenho demonstra a robustez e a liquidez da companhia mesmo em um ano marcado pela pandemia de covid-19. "O resultado foi influenciado por fatores como a Revisão Tarifária Periódica para transmissão, que representa um acréscimo de R$ 3 bilhões ao ano, compensado, parcialmente, por provisões operacionais, com destaque para contingências de R$ 4,2 bilhões", diz a Eletrobras em nota. Outro fator de destaque apontado pela empresa é queda de 15,6% nos custos de pessoal, material e serviço. Na comparação com 2019, essas despesas tiveram redução de R$1,3 bilhão em 2020. Somente os gastos com pessoal tiveram redução de R$ 394 milhões, em decorrência do desligamento de mais de 550 funcionários nos últimos dois anos. Com estes resultados, a estatal sugere o pagamento adicional de R$ 1,5 bilhão de dividendos aos acionistas, o que precisará ser aprovado na próxima assembleia geral ordinária marcada para 27 de abril. A proposta estipula o valor de R$ 1,04 por ação preferencial e R$ 0,94 por ação ordinária. No mês passado, R$ 2,3 bilhões já haviam sido distribuídos aos acionistas. Privatização O balanço divulgado aponta que, no ano passado, foram gerados 195.183 GWh, o que representa 33% da energia gerada no país em 2020 e um acréscimo de 5,5% em relação ao ano de 2019. "Na transmissão de energia, a Eletrobras vem apresentando melhoria de desempenho desde 2016, reduzindo em 13,6% as perturbações com corte de carga. A companhia é responsável por 43,5% do total de linhas de transmissão do país e há quatro anos não registra desligamentos de grande porte", acrescenta a nota da Eletrobras. Embora a estatal venha registrando lucros líquidos anuais desde 2018, o governo federal optou por anunciar no início da semana a inclusão da Eletrobras no Programa Nacional de Desestatização . O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social ficará encarregado de realizar estudos técnicos que indiquem possibilidades para a privatização, os quais deverão ser concluídos até julho. Incluindo as demais fases do processo, a conclusão da privatização é estimada para até fevereiro de 2022. Edição: Valéria Aguiar Foto: © Reuters/Pilar Olivares/Direitos Reservados Original: http://www.brasiliaweb.com.br/integra.asp?id=48285&canal=2&s=5&ss=0 |
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